Faz ao menos duas décadas nas quais é possível notar a proximidade espacial e temporal que se sucedeu ao homem contemporâneo. As informações que antes demoravam em chegar por causa das distâncias, hoje são propagadas pelo mundo em questão de segundos, seja pelos meios visuais, de áudio, ou a um clique nos meios digitais, não importa se você está na sua casa ou em qualquer outro ambiente.
O que proporcionou essa globalização foi o avanço tecnológico que ocorreu, sobretudo nos últimos anos, uma vez que a busca por levar o homem cada vez mais alto nos degraus da evolução tem ocasionado essa tentativa incessante de inovar no mundo tecnológico. Com isso, todas as barreiras que impediam o homem de chegar aonde ele queria, de ter acesso a determinadas informações ou culturas, de se promover para o mundo de alguma forma foram derrubadas. O “boom” cultural que aconteceu em paralelo com esse avanço, foi enorme, pois a partir de então não era mais cada cultura no seu espaço. Elas se elevaram sobre as sociedades e umas sobre as outras, provendo um choque cultural enorme. Qualquer pessoa que quisesse informações ou contatos com as outras culturas poderia consegui-lo, bastando ter um computador ou outra via de informações.
Em meio a isso, notou-se uma mescla cultural enorme. Os que antes se viam como “puros” de repente estavam em contato com os diferentes deles. Em cada canto é possível encontrar uma série de etnias ou comportamentos diferenciados. O homem sempre foi um ser único, porém não se isolava em sua singularidade, e exercia comportamentos similares ao da sua comunidade. Hoje, acontece um carregamento de culturas em um mesmo ambiente, que quase não é mais possível classificar um determinado grupo como pertencente à determinada cultura.
Claro que existem grupos culturais que sobrevivem e mantém sua essência, até mesmo vivendo isolados do resto do mundo. Mas a partir do momento em que se entra nessa globalização e que se tem esse acesso às informações de todas as culturas e lugares, o homem se mistura e passa a conviver em meio a esse hibridismo cultural. É praticamente impossível escapar desse emaranhado.
Autor – João Marcos
