A Vida de Ludwig van Beethoven

Beethoven

Esta semana marca o 245º aniversário do batismo de Ludwig van Beethoven. Este nome deve soar bastante familiar a muitos, dada a influência e importância.

Como a documentação na época não era tão rigorosa, não se sabe a data de nascimento de Beethoven, apenas o local: Bonn, na atual Alemanha (antiga Prússia). Sabe-se que Beethoven era um exemplo vivo do verdadeiro significado da palavra “prodígio”, demonstrando muito talento para a música desde criança, o que não é algo muito estranho ao considerar o fato de que Beethoven foi filho e neto de músicos, ambos inclusive sendo tenores.

Batizado em 17 de dezembro de 1770, apenas Beethoven e dois irmãos mais novos sobreviveram à infância, dentre os sete filhos de seus pais. Seu primeiro professor de Música foi seu próprio pai, Johann van Beethoven, e, enquanto muitos dizem que era um professor muito rigoroso, não há nenhuma documentação que comprove esta especulação.

Durante os anos, Beethoven teve diversos professores diferentes, chegando a viajar até Viena em 1787 para tentar se tornar aluno de Mozart, mas não se sabe se ele sequer conseguiu encontrar o famoso compositor pessoalmente, inclusive por logo ter voltado para casa ao descobrir que sua mãe havia falecido. Com isto, seu pai acabou partindo para o alcoolismo, forçando Beethoven a cuidar da família, na época o fazendo através de um trabalho tocando viola clássica na orquestra da corte local.

Aos 20 anos, em 1790, Beethoven já tomava os primeiros passos para se tornar um grande compositor, tendo composto na época várias músicas que acabaram não sendo publicadas. Mais tarde, passou a estudar com Haydn em Viena e, em 1800, publicou a sua primeira sinfonia, já se tornando um sucesso e um compositor muito requisitado no fim do mesmo ano e, logo no ano seguinte, já havia composto a sonata para piano Nº 14, conhecia como Sonata ao Luar, uma de suas obras mais famosas.

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Nesta mesma época, Beethoven também começou a perder a sua audição, o que o deixou depressivo e com pensamentos suicidas até por volta de 1803, quando “fez as pazes” com este problema. Esta perda de audição foi tão grave que Beethoven parou de se apresentar pessoalmente em público em 1811 devido à dificuldade de tocar o seu Concerto para Piano Nº 5 e, em 1824, ao tocar a sua nona sinfonia pela primeira vez (sua primeira apresentação em público em pessoa desde 1811), Beethoven precisou se virar e olhar para a plateia aplaudindo para se certificar de que foi uma boa composição, já que não conseguia ouvir nem os aplausos em si nem a própria orquestra.

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A partir de 1825, Beethoven já estava bastante doente, tendo passado meses em cama em 1827, ano de sua morte.

Muitos acreditam que Beethoven sofria de transtorno bipolar, devido a momentos de fúria e de depressão durante toda a sua vida. Ele também sentia desdém pela ideia de autoridade, mas ao mesmo tempo se recusava a tocar seu piano em apresentações caso a audiência não prestasse atenção nas músicas. Esta sua personalidade pode ser vista, em parte, em diversos filmes e documentários sobre a sua vida desenvolvidos com o passar dos anos.

Seu legado não para só nos filmes. Um monumento em sua honra foi construído em sua cidade natal de Bonn em 1845, sendo a primeira estátua de um compositor a ser criada na Alemanha. A casa onde nasceu e passou a sua infância, também se tornou um museu em sua honra, sendo também criado um festival em Bonn para o homenagear, o chamado Beethovenfest.

Isto, é claro, sem falar nas dezenas de compositores que influenciou e nos diversos fãs que fez com o passar dos anos.

Beethoven, assim como tantos outros grandes artistas, foi uma pessoa que, apesar de viver em uma família com boas condições financeiras e de ter conseguido sucesso já cedo, sofreu durante sua vida e se sentiu atormentado pelos problemas de saúde que tinha. Mas desta tormenta, surgiu um dos maiores compositores já vistos em nosso planeta.

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