3D, Só falta sair da tela!

Pois então! Faltava comentarmos um pouco sobre a fabulosa e revolucionária presença do 3D em nossas casas. Não quero me referir apenas à animação 3D, que iniciou no final dos anos 70, início dos anos 80. Refiro-me à exibição neste formato.

Então, vamos começar do “Era uma vez”.

Inicialmente, tudo o que vemos é percebido em duas dimensões. Como seres humanos, apenas percebemos o mundo com 3 (4) dimensões pelo fato de termos outros sentidos, além de nossa visão. Isso ainda é ressaltado pelo fato de termos a visão chamada de estereoscópica, formada a partir da distância de nossas duas fontes de captura de imagem, ou seja, nossos olhos.

Fonte da imagem: formigueiros

Os televisores, ou qualquer outra mídia que exiba informações em áudio e vídeo, sempre exibem em duas dimensões. Por mais que tenhamos dois olhos, a única percepção 3D consistirá em nossa fonte de exibição (Televisor, celular, cinema) em plano 2D, ligado às possibilidades de um sistema stereo ou surround da propagação de som.
Conforme o Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/3-D_film), as primeiras experiências públicas de exibição 3D vieram com os cinemas conhecidos como IMAX, em meados dos anos 80 e 90. Este cinema consistia na projeção de duas imagens, onde uma representava a imagem captada pelo olho direito (representado em ciano), e outra representando a imagem captada pelo olho esquerdo (representada em vermelho). Este apresentava uma imagem borrada com cores vazadas nos contornos dos elementos de cena.

A primeira solução para visualização de imagens 3D foi a utilização de óculos no formato Anaglyph, onde temos uma lente vermelha no lado esquerdo e uma lente ciano no lado direito. Este processo já é antigo, mas é um processo muito prático e acessível. Esta técnica também dispõe de óculos baseados no mesmo processo, os quais são nomeados de color code e Magenta-green.

Hoje já dispomos de outras duas tecnologias para a exibição 3D. A primeira delas consiste na utilização de óculos com lentes acinzentadas. Este processo já não é tão acessível para exibição, pois a projeção exibirá imagens polarizadas, cuja funcionalidade 3D seria capturada com este tipo de lente, exigindo assim uma configuração mais avançada do processo de exibição. A vantagem mais aparente deste processo é que as imagens em vermelho e azul já não são mais necessárias. A segunda consiste nos dispositivos de projeção dessa imagem, no qual temos a exibição por dois projetores, ou somente um.

Estas tecnologias já começaram há algum tempo, porém elas estiveram disponíveis apenas para parques de diversão e cinemas específicos. Hoje já podemos perceber que as tecnologias de exibição no formato 3D já estão se tornando acessíveis para boa parte da população. Tanto que, já dispomos no mercado televisores que exibem no formato 3D, o que permite que tenhamos a tecnologia em casa. É claro que isso só será possível graças à poupança criada no início do século, mas, está aí para todo mundo…

A acessibilidade desta tecnologia para todos também põe em questão a produção de material que tenha suporte a 3D. Para termos uma noção, o suporte à tecnologia HD, nova também no mercado, ainda é fator de resistência para algumas emissoras de TV. Vamos ver, daqui em diante como eles se comportarão para a implementação do 3D.

No cinema, percebemos que alguns filmes criados no formato 2D já foram convertidos para o formato 3D. Dentre estes, podemos citar o caso do filme “Alice no Pais das Maravilhas”, parceria de Tim Burton e Disney. Hoje ele é conhecido como referência de produção com exibição 3D, porém, quando olhamos o processo de produção, podemos ver que a captura de suas imagens foi totalmente em 2D, como qualquer filme até então produzido.

Outro filme que teve a divulgação em massa da exibição em 3D é “Fúria de Titãs”.

Este foi produzido totalmente em 2D e posteriormente convertido para a tecnologia 3D.

O único filme com 100% de captura 3D foi o Avatar. Este foi o marco da produção cinematográfica 3D, pois a câmera para captura 3D foi desenvolvida para o filme e idealizada pelo diretor James Cameron. Acompanhe no vídeo abaixo uma explicação bem didática sobre este processo de captura, (sugestão: acione a SUA tecla SAP para o modo “ON”). http://www.youtube.com/watch?v=2squ9HDuBeI.

Por fim, a partir de agora, todo o pessoal que trabalha, principalmente com mídia e entretenimento, deverá agregar mais informações a respeito do mundo 3D. Conceitos como “Distância interaxial”, “Separação de Pixel” e “Parallax”, deverão estar obrigatoriamente em nossos vocabulários, pois a tecnologia 3D já está alcançando âmbitos que até pouco tempo não se pensava, mas que agora tornará possível uma nova experiência em entretenimento.

Para conhecer um pouco mais sobre a tecnologia de exibição 3D, visite o site “The-Area” (http://area.autodesk.com/blogs/louis/stereoscopy_in_3ds_max_with_stereocam_modifier), ele irá apresentar informações conceituais muito úteis para este assunto (tecla SAP “ON” também).

Compartilhe e curta!

Este post tem 2 comentários

  1. Jefferson

    Cara, que legal essa matéria. Parabéns.
    Ouvi dizer que pessoas com estrabismo não conseguem ver filmes em 3D. Isso é verdade?

  2. admin

    Jefferson, geralmente pessoas com estrabismo tem visão monocular, oque os impede de visualizar imagem em 3D com a tecnologia atual.
    Aqueles que não conseguem enxergar em 3D são chamados “stereoblinds”. Essas pessoas simplesmente não conseguem enxergar imagens em profundidade, o que faz que um filme como “Avatar” visto em tela 3D fique embaçado, sujo ou não mostre diferença em relação ao filme normal em 2D.

    Veja mais no link abaixo.
    http://www.baixaki.com.br/info/3491-o-que-voce-pode-fazer-se-nao-enxerga-em-3d-.htm

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.