Quem lida muito com informática no seu dia-a-dia provavelmente já ouviu falar nas máquinas virtuais, ferramentas muito utilizadas por programadores e pessoas responsáveis por departamentos de suporte técnico. Porém, nem todos os adeptos à informática conhecem estas ferramentas, então, aprenderemos a seguir um pouco mais sobre as máquinas virtuais.
Basicamente, as máquinas virtuais são emulações de um computador rodando a partir de outro. Ou seja, um programa que emula o funcionamento inteiro de um computador – incluindo todo o hardware – sem que você precise usar um computador separado.
Além disto, a máquina virtual pode utilizar um sistema operacional distinto do sistema que você utiliza no seu computador físico. Dentro da informática, para diferenciar um do outro, chamamos o sistema instalado no computador físico de “host”, ou hospedeiro, e o sistema instalado na máquina virtual de “guest”, ou hóspede.
Existem várias opções de máquinas virtuais disponíveis atualmente. A própria Microsoft disponibiliza o Windows Virtual PC, que pode ser utilizado em sistemas Windows 7 para testar outras versões do Windows. Há também o VMWare, conhecido pelo seu desempenho e performance, além do VirtualBox, que é mais acessível e possui versões para sistemas Windows, Macintosh e Linux.
VirtualBox sendo utilizado em um sistema Ubuntu para rodar um sistema Fedora
Fonte: Wikipedia
A princípio, pode parecer estranho e desnecessário ter um segundo computador funcionando dentro do seu computador físico, prejudicando um pouco no desempenho, porém, para profissionais da informática isto pode ser uma ferramenta muito útil em diversos casos.
O uso mais comum de máquinas virtuais é para testes de diversos softwares. Muitos programadores e webdesigners, ao desenvolver seus aplicativos e sites, precisam testá-los em diversos sistemas para verificar se eles apresentam falhas ou se podem ser utilizados normalmente, mas nem todos possuem diversos computadores físicos com sistemas distintos. Então, nestes casos, são instaladas máquinas virtuais rodando diversos sistemas.
Por exemplo, alguns programas podem interagir de modo diferente entre versões diferentes do Windows, então, se alguma pessoa está desenvolvendo o aplicativo no Windows 7, é interessante poder testar o mesmo programa no Windows 8 ou Windows XP, já que podem haver pessoas interessadas no programa que utilizem estes sistemas, então é necessário conferir se o programa realmente funciona sem defeitos.
Windows Virtual PC rodando o sistema Windows XP dentro de um computador com Windows 7
Fonte: Wikipedia
Outro uso comum de máquinas virtuais é para poder utilizar versões de testes de algum novo sistema operacional sem precisar arriscar a perda do uso do seu computador físico, com todos os seus arquivos e documentos importantes.
Um exemplo bastante atual disto é com o desenvolvimento do Windows 10, que tem recebido versões de preview constantemente, então muitos usuários passam a ter interesse em descobrir as novidades em primeira mão e decidem testar estas versões em uma máquina virtual, lembrando que o sistema ainda está sendo desenvolvido e pode apresentar falhas, sendo inviável, então, arriscar seus documentos pessoais com este sistema.
Além disto, há também o caso de programas que são incompatíveis com determinados sistemas, mas compatíveis com outros. Alguns programas desenvolvidos para Windows XP, por exemplo, não funcionam corretamente no Windows 7 devido às alterações que o sistema sofreu entre estas versões, portanto, muitos usuários de Windows 7 utilizam máquinas virtuais para rodar o Windows XP e, assim, ter acesso a programas necessários que funcionam apenas nesta plataforma.
Agora você já sabe o que são as máquinas virtuais e porque são tão utilizadas. No próximo mês, veremos um pouco mais detalhadamente sobre como utilizar o VirtualBox, uma das máquinas virtuais gratuitas mais populares atualmente.